O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determinou a soltura de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa, empresa paulista de infraestrutura rodoviária, que estava preso desde o 6 de abril deste ano, em razão das suspeitas de desvios nas obras do Rodoanel Sul, Jacu Pêssego e Nova Marginal Tietê. A decisão é dessa sexta-feira (11).
- Foto: Demétrius Abrahão/Fotoarena/Estadão ConteúdoGilmar Mendes
Paulo Preto, como é conhecido, é suspeito de participar de desvio de recursos públicos em obras do Governo Estadual entre 2009 e 2011, período em que o governo paulista foi comandado por José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.
"Defiro a medida liminar para suspender a eficácia do decreto de prisão preventiva de Paulo Vieira de Souza, o qual deverá ser posto em liberdade, se por outro motivo não estiver preso", afirmou o ministro em sua decisão.
Denúncia
A força tarefa da operação Lava Jato em São Paulo denunciou Paulo Preto e mais 4 suspeitos de desviar R$ 7,7 milhões de 2009 a 2011 (valores da época) de obras públicas.
Eles foram denunciados pelo Ministério Público Federal acusados dos crimes de formação de quadrilha, inserção de dados falsos em sistema público e peculato, que é a apropriação de recursos públicos.
De acordo com a denúncia, Paulo comandou o desvio de dinheiro como o destinado ao reassentamento de desalojados por obras do trecho Sul do Rodoanel, o prolongamento da avenida Jacu Pêssego e a Nova Marginal Tietê, na região metropolitana de São Paulo.
Ver todos os comentários | 0 |