Em entrevista coletiva realizada nessa terça-feira (27), o general Walter Souza Braga Netto, interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, afirmou que vai atacar diretamente policiais militares que possuem algum envolvimento com corrupção nos batalhões.
Segundo o general, além da troca do comando da PM, auditorias em diversos setores, como da segurança, logística, administração, finanças, planejamento e operações serão feitas durante a intervenção. “Nossa intenção é fortalecer as corregedorias e tomar providências para que o bom profissional seja valorizado e o mau, penalizado”, disse.
- Foto: Fábio Motta/Estadão ConteúdoGeneral Walter Souza Braga Netto
A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro também tenta recompor o efetivo da Policia Militar, resgatando policiais que foram cedidos a outros órgãos e melhorando a frota de veículos. No entanto, o general afirmou durante a coletiva que não tem informações sobre os recursos para as ações. “No momento, temos o que está previsto no decreto: recursos de segurança pública já existentes no Estado, e Brasília nos dará um aporte. Mas eu ainda não tenho as informações de valores”, declarou.
O presidente Michel Temer assinou o decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro no dia de 16 de fevereiro. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) e o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB) também assinaram a ordem. Na ocasião, o presidente afirmou que “a desordem é a pior das guerras” e que o crime organizado é uma “metástase que se espalha pelo país”, explicou.
No dia 20, o decreto foi aprovado na Câmara dos Deputados por 340 votos a favor, 72 contra e 1 abstenção. No dia seguinte, foi aprovado no Senado Federal, por 55 votos a 13 e uma abstenção. A medida estabelece que a intervenção deve durar até o dia 31 de dezembro. Neste período, o Congresso não pode fazer alterações na Constituição.
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