Cinco anos após a tragédia da Boate Kiss, que vitimou fatalmente 242 pessoas em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, familiares e amigos das vítimas fazem vigília em frente ao prédio incendiado. A homenagem aconteceu na madrugada deste sábado (27).
Ainda na noite de sexta-feira (26), foi exibido o documentário “Depois daquele Dia”, produzido pela irmã de uma das vítimas da tragédia que chocou o país. A exibição aconteceu na Praça Saldanha Marinho, no centro da cidade.
“Tem uma certa felicidade em terminar, mas ao mesmo tempo é um filme que eu não queria ter feito. Eu não queria que essa tragédia tivesse acontecido, o fato do meu irmão ter morrido foi um disparador para eu falar sobre isso, então acaba sendo esse misto de emoções”, afirmou Luciane Treulieb, jornalista e diretora do documentário.
- Foto: DivulgaçãoIncêndio na boate Kiss em 2012 causou a morte de 242 pessoas
Após a exibição do documentário, familiares e amigos fizeram uma caminhada com velas e luzes de celulares até o prédio onde ocorreu a tragédia. Na quinta-feira (25), foi lançado o livro “Todo Dia A Mesma Noite”, no Teatro 13 de Maio, em Santa Maria.
Relembre o caso
No dia 27 de janeiro de 2013, durante uma festa universitária na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, um incêndio matou 242 pessoas e feriu 636. O incêndio foi provocado por um integrante da banda “Gurizada Fandangueira”, que ascendeu um sinalizador no palco, durante o show.
Pelas regras de segurança, é proibido o uso do artefato em locais fechados. O motivo é justamente o que provocou o incêndio: as fagulhas do sinalizador atingiram o teto do estabelecimento, que era feito de espuma. O fogo se alastrou rapidamente e muitas pessoas ficaram presas na boate.
O inquérito policial apontou 28 pessoas como responsáveis, entre elas os dois donos da boate, um músico e o produtor da banda. Quatro bombeiros também foram denunciados pela Justiça Militar por expedição de alvará e o outro pela Justiça comum por fraude processual.
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