A Polícia Federal divulgou uma foto anexada a um processo da Operação Lava Jato que mostra o ex-presidente Lula em um encontro com o então presidente da OAS, Léo Pinheiro, que teria ocorrido no sítio de Atibaia, no interior de São Paulo.
De acordo com informações de O Globo, a imagem foi protocolada como prova da relação de Lula com o empreiteiro, acusado de pagar propina para se beneficiar de obras da Petrobras. O ex-presidente admitiu, em depoimento ao juiz Sérgio Moro no último dia 10, que teve encontros com o ex-presidente da OAS para tratar de obras na cozinha do sítio, mas disse que a reunião aconteceu em seu apartamento, em São Bernardo do Campo.
- Foto: DivulgaçãoLula e ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, no sítio de Atibaia
As obras no sítio de Atibaia não são investigadas no processo ao qual o documento foi anexado. No entanto, de acordo com as investigações, o sítio, que está no nome de dois sócios de Fábio Luís, um dos filhos de Lula, foi reformado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht para o ex-presidente Lula, que seria o real proprietário do imóvel.
Também foi apresentada à Justiça, uma troca de mensagens do presidente da OAS com Paulo Godilho, ex-diretor da empreiteira, com comentários sobre a sobras no lago do sítio. “Léo, amanhã vou pra o nosso tema esvaziar o lago para impermeabilizar. Eles, eu soube que vão estar lá para acompanhar a despesca. Mas não tenho certeza. Se desejar podemos combinar”.
- Foto: DivulgaçãoEx-presidente Lula, no sítio de Atibaia
A defesa do ex-presidente Lula afirmou em nota que os documentos nada provam, “seja pelo conteúdo, seja pela discutível idoneidade”. Os advogados reafirmaram que Lula não é dono do tríplex e não recebeu qualquer vantagem indevida. “Os papéis, mesmo sem qualquer relevância para a ação, fazem parte da tentativa de Leo Pinheiro de agradar os procuradores em troca do destravamento de sua delação, para que ele possa obter benefícios”, afirmaram os advogados do ex-presidente Lula.
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