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Polícia Federal investiga 9 deputados e 1 ex-deputado de Alagoas

A PF não divulgou os nomes dos deputados investigados.

Na manhã desta quinta-feira (30), a Polícia Federal deflagrou a Operação Sururugate, onde agentes da PF e a Controladoria-Geral da União realizaram buscas na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. Pelo menos nove deputados e um ex-deputado de Alagoas são investigados por desvio de R$ 150 milhões da (ALE).

A PF não divulgou os nomes dos deputados investigados, mas há a informação de que eram integrantes da Mesa Diretora entre 2010 e 2013, período em que foram realizados os pagamentos que estão sob investigação.


Segundo Bernardo Gonçalves, superintendente da PF, as investigações conjuntas chegaram a um esquema instalado na Assembleia envolvendo fraude na folha de pagamento dos servidores para desviar recursos públicos. Parte da folha de pagamento era paga para pessoas que não estão cadastradas no Ministério do Trabalho.

"Salários foram ou ainda podem estar sendo pagos a pessoas que sequer possuem registros funcionais no setor de Recursos Humanos da Assembleia. A Casa de Tavares Bastos não forneceu informações de onde esses servidores seriam lotados e um dos objetivos da busca é verificar também como esse servidores são pagos e sequer sabiam que recebiam da Assembleia Legislativa", afirmou o superintendente.

Ainda segundo as investigações, muitos funcionários são fantasmas e não sabem que têm o nome na folha de pagamento, e outros têm alguma relação com a ALE, mas recebem apenas parte do salário. Quase todos, entretanto, têm cadastro em programas sociais do governo federal, e isso foi o que levou ao início das investigações.

"Um dos parlamentares chegou a afirmar que deu o cargo para o sogro que era doente e fez para ajudar. A nora de um deputado admitiu que recebia R$ 6,5 mil sem ir trabalhar, uma agricultura que não consta nos registros funcionais conta que recebia R$ 24 mil, mas ganhava R$ 700, outra situação era de um funcionário com salário de R$ 1,4 mil e chegou a receber R$ 50 mil de salário às vésperas da eleição", detalha Gonçalves.

De acordo com o G1, cerca de oitenta funcionários com pagamentos suspeitos recebiam benefício do Bolsa Família, e juntos receberam mais de R$ 15 milhões. Segundo a CGU, 41 deles desconheciam que eram servidores da Assembleia e sequer sabiam que possuíam conta na Caixa. Os outros sabiam do recebimento do dinheiro, mas a maior parte do valor era repassada para terceiros.

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