O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, durante ato contra a reforma da Previdência, que um “golpe” foi dado para “acabar com as conquistas sociais do povo” e que só o “povo na rua e um presidente legítimo” podem mudar a situação do país.
“O golpe foi dado para colocar um cidadão sem nenhuma legitimidade para acabar com as conquistas sociais do povo. E uma força política no Congresso para enfiar goela abaixo do povo brasileiro uma reforma que vai impedir a aposentadoria de milhões”, afirmou. “Somente com o povo na rua e com um presidente legítimo conseguiremos fazer esse país a crescer”, disse o petista. Para ele, Temer não tem legitimidade para fazer reformas e que ele seria apenas “diretor de uma associação comercial”.
- Foto: Marcelo Gandra /Futura Press/Estadão ConteúdoLula em evento do MST, Salvador-BA
O ex-presidente criticou duramente o governo do presidente Michel Temer (PMDB), principalmente com relação à política de cortar gastos para conter a crise econômica brasileira. “É preciso parar com essa bobagem de cortar. Quem não sabe governar só sabe vender. Tem que voltar a ter bancos públicos. BNDES tem que voltar a investir”, afirmou.
Ele afirmou ainda que “problema na Previdência tem”, mas disse que “não é dinheiro” e que, “para resolver, o país precisa voltar a crescer, criar empregos”. “O problema não é dinheiro. Eu queria que o Meirelles e o Temer estivessem ouvindo”, afirmou.
De acordo com informações da Veja, o discurso durou cerca de 20 minutos. Vestindo preto, o ex-presidente foi recebido ao som do célebre jingle de outras campanhas: “Olê, olê, olê, olá, Lulá, Lulá”. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), uma das organizações reuniu cerca de 200 mil pessoas. A Polícia Militar não fez estimativa.
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