A presidente cassada Dilma Rousseff, que está participando de debates e seminários em Genebra, na Suíça, foi questionada se era capaz de assumir seus erros e se estava arrependida de alguma decisão que tomou enquanto governou o Brasil. Em resposta, Dilma admitiu que cometeu um erro ao promover a desoneração fiscal.
“Eu acreditava que se eu diminuísse impostos eu teria um aumento de investimentos”, disse a ex-mandatária. “Eu diminuí e me arrependo disso. No lugar de investir, eles (os empresários) aumentaram a margem de lucro”, afirmou.
Dilma disse entre as coisas que acusada, foi que ela manteve uma política fiscal “mais frágil”. “Errei em uma coisa: tentamos fazer com que os investimentos fossem aumentados. Fiz uma grande desoneração, brutalmente, reduzimos os impostos”, disse. “Ali, eu cometi um grande erro. (…) Acreditava que, se fizéssemos isso, eles iriam investir mais e a coisa seria melhor. Eu errei.”
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Dilma
De acordo com a Veja, uma parte das políticas de Dilma chegou a ser condenada na Organização Mundial do Comércio (OMC), como a redução de IPI para empresas locais. Porém, a ex-presidente avalia que houve uma “subestimação das razões da crise econômica” enfrentada pelo país.
“Todos sabem que, a partir da metade de 2014, houve uma queda significativa dos preços das commodities. Esse movimento afetou a arrecadação do Brasil e a nossa balança comercial”, disse a ex-presidente, lembrando as mudanças feitas na política monetária dos Estados Unidos no período e, também, o freio que sofreu a economia chinesa.
Segundo Dilma, o seu impeachment ainda estaria ligado a propostas que ela tinha de elevar impostos. “Meu impeachment também foi por não pagar o pato, e o pato eram os impostos”, disse.
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