O governo do estado do Rio Grande do Norte ainda não sabe com exatidão quantos presos foram vítimas das matanças em rebeliões e confrontos armados entre facções criminosas dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz e nem quantos detentos conseguiram, de fato, fugir da unidade.
De acordo com informações do G1, na sexta-feira (10), mais um crânio foi localizado por trás do Pavilhão 3, o que deve elevar a contagem oficial de mortos. A visita de familiares foi liberada pela primeira vez após a rebelião neste sábado (11).
Segundo o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), até o momento, 22 corpos já foram entregues às famílias e enterrados. No entanto, ainda há 12 cabeças, outros membros e mais quatro cadáveres que ainda precisam de identificação, sendo que três deles estão carbonizados.
- Foto: Frankie Marcone/Futura Press/Estadão ConteúdoRebelião iniciada em Alcaçuz
O perito criminal Fabrício Fernandes é um dos responsáveis pela realização de exames de DNA do Itep e disse que foram colhidas 16 amostras das vítimas de Alcaçuz, mas a comparação genética só pode ser feita quando há material recolhido de familiares. "No caso dos três carbonizados, por exemplo, nós teríamos que recolher material genético dos possíveis familiares, geralmente, feito com mucosa oral, e levar para comparar geneticamente com as amostras dos três corpos, até se chegar a uma identificação", explica o perito.
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