Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (01), o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a Operação Lava Jato não pertence mais ao Ministério Público, mas “à sociedade brasileira e aos países atingidos pelos atos de corrupção de empresas brasileiras”.
Ao ser questionado se confia na atual Procuradora-geral, Raquel Dodge, ele disse que espera que “os trabalhos continuem”. Em outro momento, Janot destacou, o acordo feito com os irmãos Batista, donos da JBS que, ao ouvir que os irmãos tinham provas do envolvimento de senadores, deputados e do próprio Presidente da República em esquemas de corrupção, teve que decidir entre fechar o acordo ou deixar que os crimes continuassem acontecendo. “Eu decidi pelo interesse público e por cessar a prática criminosa”, afirmou.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoRodrigo Janot
De acordo com informações do G1, Janot falou ainda sobre o legado já deixado pela Operação Lava Jato. “Os empresários devem ver o mercado com responsabilidade. O mercado deve ser competitivo. Não um mercado cartelizado ou de oligopólio”. Para Janot, a Lava Jato já chegou ao fundo, e se pode ver à frente o fim da Operação. Ele negou novamente a possibilidade a intenção de ser candidato, ou ministro do STF, e disse que poderá voltar a dar aulas.
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