O juiz federal Sergio Moro mandou prender nesta sexta-feira (20), durante nova etapa da Operação Lava Jato, o ex-gerente executivo da área internacional da Petrobras, Luís Carlos Moreira. Segundo moro é possível ver ‘boa prova de materialidade e autoria’ e também ‘riscos à ordem pública e à aplicação da lei penal’. A captura do ex-gerente havia sido requerida pelo Ministério Público Federal, no Paraná, em alegações finais.
O juiz condenou, nesta sexta, Luis Carlos Moreira a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem. Na sentença, ordenou a prisão do ex-gerente, que também é organizado por suposto recebimento de propinas na aquisição pela Petrobras da Refinaria de Pasadena.
- Foto: José Carlos Daves/Futura Press/Estadão ConteúdoSergio Moro
“O que se tem, portanto, são provas de macrocorrupção, praticada de forma serial pelo condenado, com graves consequências, não só enriquecimento ilícito de agentes da Petrobrás, mas também de agentes políticos, já que parte do numerário foi a eles destinado”, afirmou Moro.
“Há certeza, ainda que sujeita a recursos, de que ele praticou crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, tendo sido um dos arquitetos e beneficiários dos acertos de corrupção nos contratos de fornecimento dos Navios Sondas Petrobrás 10.000 e Vitória 10.000 e ainda um dos responsáveis pelo acerto de corrupção no contrato de operação do Navio-Sonda Vitória 10.000.”
De acordo com informações do Estadão, Moro afirmou que Luis Carlos Moreira ‘participou dos crimes de lavagem praticados pelos demais agentes da Petrobrás que receberam recursos desses contratos’. Depoimentos na Lava Jato apontam, afirma o juiz, que o ex-gerente ‘teria ainda participado do acerto de corrupção havido na aquisição da Refinaria de Pasadena pela Petrobrás, embora não seja ele objeto da presente ação penal’.
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