O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto acreditam que as delações da Odebrecht serão homologadas pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, entre segunda-feira (30) e terça-feira (31), de acordo com o Estadão. Nessa sexta-feira (27), os juízes auxiliares da equipe do ministro Teori Zavascki, que morreu no dia 19, finalizaram as audiências com os 77 executivos e ex-executivos da empresa. Essa é a última etapa antes da confirmação dos acordos firmados pelos delatores com o Ministério Público.
No dia 1 fevereiro encerra o recesso do Judiciário e a presidente da Corte, Cármen Lúcia é a plantonista. Nessa condição, a ministra é responsável pelas medidas urgentes no tribunal durante o recesso e, por isso, tem legitimidade para tomar a decisão sozinha.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoCarmén Lúcia
Os Integrantes do Supremo e da Procuradoria-Geral da República avaliam que como a ministra deu a autorização para que os juízes auxiliares do STF continuassem os trabalhos mesmo após a morte de Teori, mostra que a presidente do STF pretende ser breve na homologação
Se a validação dos processos ficar para depois do dia 1.º, com o reinício dos trabalhos, teria de esperar a definição do novo relator da Lava Jato. No caso de a homologação ser assinada por Cármen Lúcia, ela teria mais tempo e ficaria à vontade para manter as conversas com outros ministros do STF a fim de “construir um caminho” – nas palavras de seus interlocutores – de definição do critério de escolha do substituto de Teori na relatoria.
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