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Operação Lava Jato denuncia o primeiro investigado de 2017

O empresário Mariano Ferraz já havia sido preso no ano passado. Na época, Ferraz pagou fiança R$ 3 milhões e foi solto no mês seguinte.

A força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou ao Ministério Público Federal, em Curitiba na última quarta-feira,11, o executivo Mariano Marcondes Ferraz, que é representante da empresa Decal do Brasil. Mariano Ferraz foi acusado de prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, devido ao pagamento de vantagens impróprias, no valor total de US$ 868.450,00, para obter a renovação do contrato firmado entre a Decal do Brasil e a Petrobras, no Porto de Suape, em Pernambuco.

De acordo com informações do Estadão, o empresário chegou a ser preso em outubro de 2016, pela Polícia Federal, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos/Cumbica, quando embarcava para Londres. Mariano pagou fiança de R$ 3 milhões e foi solto no mês seguinte.


Segundo o Ministério Público Federal, a empresa Decal do Brasil foi contratada em 2006 para prestar serviços de armazenagem e acostagem de navios no Porto de Suape (PE), com prazo de duração de cinco anos.

“Ao final do contrato, havia resistência da estatal em realizar nova contratação da empresa, que insistia em renovar o contrato com preços majorados. Para resolver a situação a favor da Decal do Brasil, Mariano Marcondes Ferraz ajustou o pagamento de propina com Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da estatal petrolífera”, destaca o Ministério Público Federal.

A força-tarefa apontou que em 2011, o empresário Mariano Ferraz iniciou atividades ilícitas, pagando vantagens indevidas a Paulo Roberto Costa antes mesmo da renovação do contrato entre a Decal do Brasil e a Petrobras. Foram feitos três repasses para pagar o então diretor da estatal em conta offshore no exterior, como forma de ocultar a origem e movimentação criminosa do dinheiro, o que caracteriza, segundo o Ministério Público Federal, crime de lavagem de dinheiro.

Segundo a força-tarefa, em 2011, foram pagos US$ 439.150,00, que correspondem a aproximadamente 50% da propina ajustada. A denúncia aponta que os pagamentos foram feitos a partir das contas Tik Trading, Firmainvest e Firma Par, mantidas no exterior por Mariano Ferraz, para a conta da offshore Ost Invest e Finance Inc (OST INVEST), mantida por parentes de Paulo Roberto Costa no Banco Lombard Odier, sediado em Genebra, Suíça.

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