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Mortos e moradores de casas de luxo recebiam Bolsa Família

Vinte e dois casos foram descobertos após uma vistoria da Prefeitura de Cuiabá (MT).

Durante uma vistoria de rotina de membros do programa Bolsa Família, a Prefeitura de Cuiabá (MT) identificou vinte e duas pessoas irregulares. A vistoria aconteceu entre os meses de junho e dezembro de 2015. A prefeitura anunciou nesta terça-feira (2) que esse grupo recebia indevidamente o benefício. O valor médio atual é de R$ 122,67.

Após a fraude ser constatada, a prefeitura informou que 4,2 mil famílias tiveram o benefício bloqueado. Em seis meses, a prefeitura visitou mais de 7 mil famílias (34% das 23 mil cadastradas no programa). A intenção era atualizar e confirmar as informações do cadastro das famílias.

Para ser beneficiário do programa, é necessário que a família possua renda mensal entre R$ 77 e R$ 154 por pessoa; com mulheres grávidas, crianças ou adolescentes entre zero e 17 anos.
Imagem: Michel Alvim/Prefeitura de CuiabáBeneficiarios do Bolsa Família moravam em casa de luxo e alto padrão(Imagem:Michel Alvim/Prefeitura de Cuiabá)Beneficiarios do Bolsa Família moravam em casa de luxo e alto padrão

Na vistoria, a prefeitura encontrou várias famílias com renda mensal superior ao que é estabelecido no programa, além de pessoas que mudaram de endereço e que já faleceram.

A prefeitura contatou algumas casas consideradas de luxo. As residências ficam em bairros periféricos como Pedra 90, Distrito da Guia e Cinturão Verde.
Imagem: Michel Alvim/Prefeitura de CuiabáBeneficiarios do Bolsa Família moravam em casa de luxo e alto padrão(Imagem:Michel Alvim/Prefeitura de Cuiabá)Beneficiarios do Bolsa Família moravam em casa de luxo e alto padrão

As famílias que tiverem o benefício bloqueado terão os nomes encaminhados à Polícia Federal para que sejam responsabilizados e respondam criminalmente por tentativa de fraude do benefício.

Para explicar as irregularidades, a Prefeitura de Cuiabá afirmou que as inscrições para receber o benefício do programa são feitas de forma autodeclaratória, permitindo assim a sonegação de informação.

Atualmente o município faz a inscrição da família e o Governo Federal se encarrega de fazer o cruzamento dos dados para confirmar as informações e conceder o benefício.

Com o bloqueio do benefício, foi possível fazer a inclusão de outras 2.545 famílias que aguardavam na fila para se cadastrar no programa do governo federal. Sendo assim, 1667 benefícios deixarão de ser pagos, resultando em uma economia de R$ 2,4 milhões, segundo a prefeitura.

O município afirma que vai continuar visitando as famílias que recebem o benefício para tentar identificar outras irregularidades.

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