O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), foi preso na manhã desta quinta-feira (17) na 37ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Calicute. Ele é acusado de cobrar propina em contratos com o poder público e é alvo de dois mandados de prisão preventiva, um expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e outro pelo juiz Sérgio Moro, em Curitiba. Além de Cabral, outras nove pessoas foram presas.
A operação Calicute, foi deflagrada conjuntamente pela Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita Federal e tem como objetivo investigar o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. O prejuízo estimado é superior a R$ 220 milhões.
“A apuração em curso identificou fortes indícios de cartelização de grandes obras executadas com recursos federais mediante o pagamento de propinas a agentes estatais, incluindo um ex-governador do Estado do Rio de Janeiro”, diz nota divulgada pela PF.
- Foto: Fábio Motta/Estadão ConteúdoSérgio Cabral
De acordo com informações do Estadão, 230 policiais cumprem 38 mandados de busca e apreensão, 08 mandados de prisão preventiva, 02 mandados de prisões temporárias e 14 mandados de condução coercitiva expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, bem como 14 mandados de busca e apreensão, 02 mandados de prisão preventiva e 01 mandado de prisão temporária expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
Os investigados devem responder pelos crimes de pertencimento à organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, entre outros. A ação foi montada com base na delação premiada do dono da Delta Engenharia, o empreiteiro Fernando Cavendish, e em relatos de diretores da Carioca Engenharia e Andrade Gutierrez.
Ver todos os comentários | 0 |