A cidade de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi palco de uma tragédia no Rio Guandu, que resultou na morte do jovem Hendiel Rane Estevão de Oliveira Domingos, de 16 anos, e do pastor Edmilson Melo. Ambos foram sepultados na terça-feira (28) após serem arrastados pela forte correnteza do rio durante um batismo.

O incidente ocorreu logo após a cerimônia religiosa. Testemunhas relataram que Hendiel foi subitamente levado pelas águas, e o pastor Edmilson Melo, que estava presente, entrou no rio para tentar resgatar o jovem, mas também foi arrastado pela correnteza e desapareceu junto com Hendiel.

O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro foi acionado imediatamente para realizar as buscas. A operação contou com o apoio de militares, drones e câmeras térmicas, especialmente devido ao aumento do volume de água no rio, causado pelas chuvas intensas na região. As buscas continuaram durante a madrugada, e, no domingo à tarde, o corpo de Hendiel foi localizado. No dia seguinte, 27 de janeiro, o corpo do pastor Edmilson foi encontrado.

O episódio aconteceu na Prainha do Guandu, localizada no km 37 da estrada Rio-São Paulo, um ponto popular entre os moradores para momentos de lazer, especialmente no verão. Contudo, o local também é conhecido pelos riscos devido à força da correnteza. Nos últimos anos, a comunidade tem colocado placas de alerta sobre o perigo de afogamento na área.

Em entrevista, a mãe de Hendiel, Hosana, contou que, após o batismo, as crianças pediram ao pastor para brincar na água devido ao calor intenso. Ela tentou convencer a filha a ir embora, mas o pastor permitiu que as crianças entrassem no rio. A correnteza, porém, foi mais forte do que o esperado e arrastou as crianças. Enquanto algumas conseguiram escapar, Hendiel foi levado pela água.