A Meta , empresa controladora do Facebook , Instagram e WhatsApp, removeu nesta sexta-feira (10) um vídeo deepfake criado com inteligência artificial (IA), no qual o ministro da Fazenda, Fernando Haddad , supostamente defendia a criação de um "imposto sobre cachorros de estimação".

A exclusão do vídeo ocorreu após notificação enviada pela Advocacia-Geral da União (AGU) na quinta-feira (9). Segundo o órgão, a publicação apresentava informações falsas e atribuía ao ministro declarações inexistentes sobre a criação de um imposto sobre animais de estimação e serviços de pré-natal. A AGU estabeleceu um prazo de 24 horas para que o conteúdo fosse retirado do ar.

Em resposta, a Meta informou, por meio de e-mail oficial, que a postagem indicada na notificação extrajudicial havia sido removida. A confirmação foi divulgada pela AGU à Agência Brasil.

Na noite de quinta-feira, Haddad utilizou suas redes sociais para desmentir a falsa informação. “Imposto sobre Pix, mentira. Imposto sobre quem compra dólar, mentira. Imposto sobre quem tem um animal de estimação, mentira. Pessoal, vamos prestar atenção, está circulando uma fake news. Prejudica o debate público, prejudica a política, prejudica a democracia”, declarou o ministro.

Vale destacar que, em 1º de janeiro, entraram em vigor novas normas da Receita Federal referentes à fiscalização de transferências financeiras. A principal mudança foi a inclusão das transferências via Pix no monitoramento de transações que somem, no mínimo, R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.

A Receita Federal esclareceu que a nova regra não implica aumento de impostos, mas busca aprimorar o gerenciamento de riscos e a eficiência na administração tributária.