O prefeito de Criciúma (SC), Clésio Salvaro (PSD), foi preso durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Santa Catarina, deflagrada nesta terça-feira (03). A operação investiga crimes relacionados à concessão de serviços funerários no município. Além do gestor, outras nove pessoas também tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos na mesma ação.

De acordo com a corporação, os envolvidos foram denunciados por organização criminosa, fraudes em licitações, corrupção e outros crimes. Os mandados de prisão foram cumpridos também nas cidades de Jaraguá do Sul, São José e Florianópolis. Entre os presos, estão empresários e agentes públicos.

Foto: Reprodução/Instagram
Prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD)

Na lista de alvos está a servidora da Secretaria de Assistência Social de Criciúma, Juliane Abel Barchinski; o advogado da Secretaria de Assistência Social, Juliano da Silva Deolindo; o administrador de uma empresa, Fábio André Leier; um empresário de Jaraguá do Sul, Guilherme Mendonça; um empresário de São José, Gilberto Machado Júnior; os gerentes de empresa, Eduardo D’Avila e Luiz Henrique Cavali; e os empresários Helio da Rosa Monteiro e Henrique Monteiro.

A operação deflagrada nesta terça-feira (03) é um desdobramento da Operação Caronte, iniciada no dia 05 de agosto, que realizou buscas na Prefeitura de Criciúma e na casa do prefeito Clésio Salvaro. Na ocasião, também foram cumpridos sete mandados de prisão contra acusados de envolvimento no esquema de concessões de serviços funerários.

Um vídeo foi publicado nas redes sociais do prefeito de Criciúma logo após a confirmação da prisão. No registro, Salvaro negou ter envolvimento com o esquema criminoso. Ele afirmou que um dos seus projetos era regularizar a central funerária do município e mencionou questões políticas.

“Eu tenho certeza da minha inocência. Jamais, em momento algum e o processo vai ficar livre. Não há dolo, não há intenção, não há vantagens, não há absolutamente nada, nada, nada que possa me incriminar”, declarou o gestor.