Diante dos últimos fatos e do ponto de vista da vida política concreta, qual o objetivo do PTB, enquanto partido, no Piauí? Seus principais movimentos recentes foram: a) afastar-se da aliança governista e encampar uma candidatura ao Governo do Estado; 2) pelo mesmo motivo, afastar-se também do PSDB, que o levou ao Palácio da Cidade, mesmo tendo apenas dois vereadores e o apoio de pequenos partidos; 3) retornar à aliança governista no 2º turno da eleição de 2010 e perder espaço, sem qualquer cargo no primeiro escalão do governo Wilson Martins: 4) Aliar-se novamente ao governo na eleição da Presidência da Câmara Municipal de Teresina e dar o lugar institucional de vice-prefeito da capital ao PSB, sem conquistar nenhum cargo na mesa diretora.
Examine-se, agora, outro elemento, de legitimidade democrática, do atual governo de Teresina. Se eleições valem para definir agenda, Elmano foi eleito com mais 70% dos votos para cumprir a agenda colocada pelo PSDB, certo? Este mesmo PSDB venceu as eleições em Teresina no primeiro e segundo turno das eleições para governador, ano passado, e o maior líder do PTB obteve pouco menos de 10% dos votos na mesma cidade. A pergunta que fica é: se seu aliado principal não o quer, ou, no mínimo, não o valoriza e se o antigo ele próprio enxota e ainda por cima despreza a agenda eleitoral que o levou ao Palácio da Cidade, que governo municipal é este?
Todas as obras que se anunciam para a cidade, na atual gestão, são importantes, sem dúvida, mas a ênfase em obras, só em obras, lembra um certo estilo "Maluf" de governar. O sistema de saúde parece ter piorado, na educação, arrisca-se na mudança e há muitas críticas.
E não custa perguntar: os recursos anunciados para financiar o canteiro de obras da prefeitura já foram efetivamente empenhados pelo governo federal, ou o PTB também aprendeu a mágica do governo anterior de anunciar dinheiro que não entrou no caixa?
A última observação serve para os dois governos: Wilson Martins e Elmano Férrer. Tudo faz crer que o Brasil terá um ano difícil na economia, com corte de despesas pelo Governo Federal, que num primeiro momento optará pelo contigenciamento definitivo de emendas parlamentares, suspensão de contratações e novos concursos e outras medidas para conter o gasto público. Se tanto o governo estadual quanto a Prefeitura de Teresina parecem em dificuldades financeiras, como vão financiar suas máquinas políticas em 2011?
*Zózimo Tavares é editor chefe do Diário do Povo
Examine-se, agora, outro elemento, de legitimidade democrática, do atual governo de Teresina. Se eleições valem para definir agenda, Elmano foi eleito com mais 70% dos votos para cumprir a agenda colocada pelo PSDB, certo? Este mesmo PSDB venceu as eleições em Teresina no primeiro e segundo turno das eleições para governador, ano passado, e o maior líder do PTB obteve pouco menos de 10% dos votos na mesma cidade. A pergunta que fica é: se seu aliado principal não o quer, ou, no mínimo, não o valoriza e se o antigo ele próprio enxota e ainda por cima despreza a agenda eleitoral que o levou ao Palácio da Cidade, que governo municipal é este?
Todas as obras que se anunciam para a cidade, na atual gestão, são importantes, sem dúvida, mas a ênfase em obras, só em obras, lembra um certo estilo "Maluf" de governar. O sistema de saúde parece ter piorado, na educação, arrisca-se na mudança e há muitas críticas.
E não custa perguntar: os recursos anunciados para financiar o canteiro de obras da prefeitura já foram efetivamente empenhados pelo governo federal, ou o PTB também aprendeu a mágica do governo anterior de anunciar dinheiro que não entrou no caixa?
A última observação serve para os dois governos: Wilson Martins e Elmano Férrer. Tudo faz crer que o Brasil terá um ano difícil na economia, com corte de despesas pelo Governo Federal, que num primeiro momento optará pelo contigenciamento definitivo de emendas parlamentares, suspensão de contratações e novos concursos e outras medidas para conter o gasto público. Se tanto o governo estadual quanto a Prefeitura de Teresina parecem em dificuldades financeiras, como vão financiar suas máquinas políticas em 2011?
*Zózimo Tavares é editor chefe do Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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