A decisão de acolher o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff apresentado por Helio Bicudo, fundador do PT, pelo jurista Miguel Reale Junior, e pela advogada Janaina Paschoal, foi tomada pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no início da noite desta quarta-feira (02), depois de uma reunião em seu gabinete com o ex-deputado Sandro Mabel (PL-GO), e com os deputados federais Paulinho da Força (SD-SP), Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Jovair Arantes (PTB-GO), Eduardo da Fonte (PP-PE), e Mendonça Filho (DEM-PE).
O documento protocolado pelos juristas traz uma série de alegações técnicas e jurídicas para sustentar os argumentos de que a petista deve perder o cargo por ter cometido crimes de responsabilidade ao incidir na prática das chamas pedaladas fiscais.
Imagem: Ueslei Marcelino/ReutersPresidente Dilma Rousseff
A decisão do presidente da Câmara ocorreu horas depois em que a bancada do PT fechou questão pela continuidade das investigações contra Cunha que corre no Conselho de Ética da Casa. Durante coletiva de imprensa para anunciar seu parecer, o deputado do Rio de Janeiro negou que sua decisão tenha sido por vingança. "Tenho certeza de que os juristas que leram o parecer vão entender que não me cabia outra decisão", afirmou. "Nunca na história de um mandato houve tantos pedidos de impeachment", completou.Imagem: Pedro LadeiraEduardo Cunha
Parlamentares petistas reagiram à decisão de Cunha e classificaram o ato como "revanchismo". A legenda ainda vai definir como agir a partir de agora, mas estuda levar a questão ao Supremo Tribunal Federal.O documento protocolado pelos juristas traz uma série de alegações técnicas e jurídicas para sustentar os argumentos de que a petista deve perder o cargo por ter cometido crimes de responsabilidade ao incidir na prática das chamas pedaladas fiscais.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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