O ex-presidente Jair Bolsonaro revelou recentemente que utiliza um "chip hormonal" como alternativa ao uso de tadalafila, medicamento indicado para disfunção erétil. Entenda o que exatamente esse chip faz no organismo e como ele pode substituir um fármaco de ação pontual como a tadalafila.
O chamado "chip hormonal" é um implante subcutâneo, geralmente composto por testosterona e, em alguns casos, outros hormônios como gestrinona. Ele é inserido sob a pele e libera gradualmente essas substâncias no organismo ao longo de meses. Seu uso tem sido defendido para diferentes finalidades, como aumento da libido, ganho de massa muscular, melhora do desempenho físico e, em alguns casos, reposição hormonal em homens e mulheres.
A tadalafila é um medicamento que atua diretamente no relaxamento dos vasos sanguíneos para facilitar a ereção quando há estímulo sexual. Sua ação é pontual e não tem efeito sobre os níveis hormonais.
Já o chip hormonal, ao liberar testosterona, pode melhorar indiretamente a função erétil em homens que apresentam deficiência desse hormônio. A testosterona é fundamental para a libido e para a saúde vascular, e sua reposição pode melhorar a resposta sexual ao longo do tempo.
O uso indiscriminado de chips hormonais tem gerado debates na comunidade médica. Entre os riscos associados ao excesso de testosterona estão:
1.Aumento do risco cardiovascular (hipertensão, eventos trombóticos)
2.Efeitos na próstata (crescimento prostático e, possivelmente, maior risco de câncer)
3.Alterações no metabolismo (resistência à insulina, mudanças nos níveis de colesterol)
Além disso, a prescrição desses chips sem uma avaliação médica adequada pode levar a desequilíbrios hormonais e efeitos adversos indesejados.
Embora o chip hormonal possa ajudar na função sexual de homens com deficiência de testosterona, ele não substitui diretamente a ação da tadalafila, que atua de forma mecânica na ereção. O uso desse tipo de implante deve ser avaliado individualmente por um médico, levando em conta os riscos e benefícios.
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