O método de eletroestimulação muscular (EMS) ganhou notoriedade como uma forma de treinar os músculos com menor esforço, prometendo resultados como tonificação, fortalecimento e até emagrecimento. No entanto, estudos científicos recentes colocam em xeque a eficácia dessas promessas, sugerindo que o método não é tão eficiente quanto exercícios físicos tradicionais.
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Wisconsin avaliou o impacto do EMS em termos de ganho muscular e queima calórica. Os resultados mostraram que, embora a eletroestimulação possa ativar fibras musculares, os níveis de ativação são muito inferiores aos alcançados por exercícios convencionais, como levantamento de peso ou exercícios funcionais. A pesquisa concluiu que a prática não gera estímulos suficientes para promover ganhos significativos de força ou massa muscular, especialmente em pessoas já ativas.
Outro estudo publicado no Journal of Strength and Conditioning Research analisou indivíduos que usaram EMS como complemento ao treino. Embora tenha havido pequenas melhorias em força, os ganhos foram similares aos observados em grupos que realizaram atividades físicas leves, sem justificativa para os altos custos e o desconforto associados ao método.
A principal limitação da eletroestimulação está no fato de que ela não envolve movimentos articulares naturais e não exige o esforço sistêmico necessário para melhorar a capacidade cardiovascular, a coordenação e a resistência muscular.
Por fim, especialistas alertam que, embora a eletroestimulação possa ter aplicação em contextos clínicos, como na fisioterapia para reabilitação muscular, ela não substitui os exercícios físicos tradicionais. Para aqueles que buscam saúde e condicionamento físico, métodos comprovados e acessíveis, como a musculação, a corrida ou o pilates, são opções muito mais eficazes.
A ciência, portanto, reforça que a melhor abordagem para alcançar resultados reais e duradouros continua sendo o treino regular, aliado a uma alimentação equilibrada e a um estilo de vida ativo.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1