O advogado Phelippe Andrade foi conduzido para a sede do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), após ser flagrado com um iPhone Pro Max roubado durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no bojo da operação deflagrada nessa quarta-feira (06), que desarticulou um grupo de criminosos acusados de arrombar veículos de luxo na região metropolitana de Teresina.
Durante as investigações, os policiais do DRACO identificaram vários endereços onde investigados frequentavam e a autoridade policial representou pelo mandado de busca e apreensão, que foi deferido pelo Poder Judiciário.
Na manhã dessa quarta-feira (06), durante o cumprimento de um dos mandados de busca, as equipes do DRACO se depararam com Phelippe Andrade, o qual foi flagrado com um aparelho celular roubado. Em razão disso, ele foi conduzido para a sede do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Comissão de Prerrogativas repudiou condução do advogado
Por meio de nota, a Comissão de Prerrogativas da Advocacia afirmou que a condução do advogado para a sede do DRACO foi "arbitrária", pela não obediência da Lei Federal 8.906, que estabelece que os órgãos de segurança devem comunicar com 24h de antecedência à Comissão de Prerrogativas da Advocacia quando for realizar uma busca e apreensão, prisão ou condução de um advogado.
Confira a nota na íntegra
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, repudia a condução arbitrária do Advogado Phellipe Andrade na manhã desta quarta-feira (06/03), em Teresina.
A Comissão de Prerrogativas da Advocacia aponta que a arbitrariedade se deu pela não obediência da Lei Federal 8.906. A legislação estabelece que os órgãos de segurança devem comunicar com 24h de antecedência à Comissão de Prerrogativas da Advocacia quando for realizar uma busca e apreensão, prisão ou condução de um Advogado.
O Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) não realizou nenhuma comunicação oficial com a Seccional Piauí.
A OAB-PI está acompanhando o caso desde que tomou conhecimento e vai tomar todas as providências legais para que as autoridades responsáveis pela arbitrariedade sejam responsabilizadas. A Ordem e o Advogado irão ingressar com processos disciplinares e de danos morais contra os servidores públicos.
Entenda o caso
O Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) deflagrou na manhã quarta-feira (06) a Operação Confractus, para dar cumprimento a 14 mandados expedidos pelo Poder Judiciário Estadual, sendo 8 de prisão e 6 de busca e apreensão, em Teresina.
As ações foram desencadeadas nos bairros Dirceu, zona sudeste, Vale do Gavião, zona leste, e, também, no Centro de Teresina.
De acordo com o delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, a operação desta quarta-feira teve como objetivo investigar e combater pessoas envolvidas com arrombamento e roubo de veículos de luxo na Capital. Um dos crimes trata-se do furto em um veículo estacionado na Avenida Frei Serafim, no Polo de Saúde de Teresina.
Confira o vídeo abaixo:
Quatro alvos foram presos e 2 estão foragidos
Dos seis alvos da operação, quatro deles foram presos e dois conseguiram escapar do cerco da Polícia Civil e deverão ser alcançados pelas forças de Segurança Pública.
Os presos foram Patrick Magalhães Barroso, Daniel da Costa Paz, Ítalo Soares de Sousa e Silva e Arménio Mendes Ribeiro. Já os foragidos foram identificados como Evangelista da Silva Lima Filho e Erisvaldo Cavalcante Lima e tiveram suas fotos divulgadas, a fim de que a sociedade possa ajudar a Polícia Civil a localizá-los.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1