Thais Guimarães
O promotor Ari Martins, do Ministério Público do Estado do Piauí, se manifestou pela decretação da prisão preventiva de Marcos Fortes de Sousa, acusado de matar a ex-esposa, Helioene de Andrade Pinheiro, na cidade de Altos, na última sexta-feira (3). O parecer ministerial foi emitido na manhã deste domingo (5), com base em pedido ajuizado pelo delegado André Moreno, da Polícia Civil do Piauí.
Marcos Fortes foi preso em flagrante, suspeito também de tentar matar o filho de Helioene, menor de 14 anos, a ex-sogra e a ex-cunhada, ateando fogo na casa da ex-companheira, onde estavam todas essas pessoas, após praticar o feminicídio.
Segundo informações divulgadas pelo promotor, disponíveis nos autos da prisão em flagrante, os policiais militares que se deslocaram até a casa da vítima onde ocorreu o crime encontraram Helioene Pinheiro já sem vida com o corpo queimado e uma lesão perfurocortante na região do pescoço. O filho adolescente da vítima, a mãe de 84 anos e a irmã de 57 estavam com vida, mas com muitas queimaduras espalhadas pelo corpo. Todos eles estão internados em estado grave no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Marcos Fortes permaneceu no local, também com queimaduras nas mãos e nos pés e com uma lesão na região do pescoço, por tentar tirar a própria vida após o crime.
Manifestação
O promotor Ari Martins ressaltou a gravidade dos crimes a ele imputados, para além do feminicídio. “Anota-se ainda a extrema crueldade do crime em tela, tendo o flagranteado ateado fogo na residência da vítima na tentativa de ceifar não só a vida de sua esposa, como também de seu enteado, um adolescente com menos de 14 anos de idade, sua sogra, idosa com mais de 80 anos, e sua cunhada. As circunstâncias graves e cruel do caso em tela, inclusive, ganharam extrema repercussão social, sendo tais fatos propagados nos mais diversos sites de notícia, o que maculou inegavelmente a ordem pública e o espírito de segurança social”, destacou.
Diante disso, o representante do Ministério Público se manifestou favorável à prisão preventiva do acusado. “A necessidade de se resguardar a credibilidade da Justiça, aqui abalada em razão da prática de crime grave e cruel, com número significativo de vítimas, com grande repercussão social, enseja a decretação da prisão preventiva de Marcos Fortes de Sousa. Ante o exposto, o Ministério Público manifesta-se pela homologação do flagrante e pela decretação da prisão preventiva”, concluiu o promotor de Justiça.
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