Passada a tempestade, a tendência é que se tenha algum momento de calmaria, e no Fluminense-PI, apesar da impressão de que esse limite já foi esgotado após a eliminação para a Ponte Preta, na última terça-feira (28), atletas, comissão e diretoria tricolor precisam colocar os devidos pesos na balança. Agora é a hora de se recompor, rever a postura na Copa do Nordeste, focar na segunda fase do Campeonato Piauiense e principalmente: planejar melhor a participação na Série D do Campeonato Brasileiro.
Um fato salta os olhos: a equipe sabia que poderia entregar mais na partida diante do adversário na Copa do Brasil. Era visível nos olhos de Eduardo dos Santos ao término da partida. Dias antes, após a derrota para o Ceará, o técnico havia falado sobre “algumas coisas são aceitáveis e outras não”. Mesmo diante de adversários da Série B, sofrer nove gols e marcar apenas dois deve entrar no patamar do que não é mais aceitável para o Fluminense-PI caso a equipe queira, de fato, fazer uma campanha acima do que foi a Série D em 2022. Não pode ser aceitável levar quatro gols, mesmo para um time de Série B e não ter sequer chutes no alvo adversário.
O time se reapresentou na tarde desta quinta-feira (2) e fará treinos para enfrentar o Sergipe, no domingo (5), pela Copa do Nordeste. O confronto fora de casa diante de um adversário com duas vitórias, um empate e uma derrota pode ser a chance da equipe comandada por Eduardo recuperar o moral. É o momento de reconstruir o fator anímico do time e utilizar os erros expostos nas competições nacionais para elevar o nível do clube se o planejamento é chegar às finais do Campeonato Piauiense e ter uma jornada mais produtiva no Campeonato Brasileiro.
Corrigir o balanço defensivo do time, desde os jogadores do ataque e melhor o posicionamento na bola aérea devem ser as prioridades. Na Série D, esse preço pode ser caro e os adversários já estão cientes das dificuldades que podem impor ao Vaqueiro. A equipe tem se tornado um alvo fácil.
Os atletas mais experientes do plantel precisam aparecer para além das paredes do CT Joca Claudino e ajudar Eduardo a conduzir o campo. Nas duas maiores derrotas da equipe, a comunicação dos jogadores mais experientes era praticamente nula e, em um plantel repleto de jogadores em transição, que não tem ainda 1.000 minutos em campo – sem rodagem alguma – esse fator pesa. Os mais experientes precisam mostrar aos mais jovens o que é gana e como ela se faz necessária para ganhar.
Os minutos para os garotos da base são fundamentais para o ganho de confiança. Se o balanço do clube é de que há base para ser usada e eles serão responsáveis pela renovação do elenco, então cada mais minutos, melhor. Mata-mata com ida e volta na competição estadual é sempre uma caixa de surpresas e agora os atletas não estão mais nas categorias de base: elevar a competitividade.
Ver todos os comentários | 0 |