O delegado titular do 12º DP, Ademar Canabrava, colheu na manhã desta quarta-feira (17), o depoimento do sub tenente apontado como responsável pela arma de fogo utilizada por uma adolescente, que atingiu a travesti identificada como Pâmela Beatriz Leão com um disparo na cabeça no último dia 30 de janeiro.
O nome do militar não foi revelado, mas o mesmo foi identificado após depoimentos de amigos da vítima. “Nós ouvimos duas pessoas que estavam com a travesti naquele dia, a que efetuou o disparo e outra jovem. Esse policial foi apontado como o proprietário da arma. Então eu o chamei para prestar depoimento aqui na delegacia”, afirmou Canabrava.
Imagem: Rayane Trajnao/GP1Delegado Ademar Canabrava
Em depoimento, o militar afirmou que a arma de sua responsabilidade foi roubada no sábado. “Ele disse que foi trabalhar no corso sem a arma, que teria sido roubado no sábado. Eu interroguei por que ele não comunicou o furto imediatamente à corregedoria e ao comandante. Ele disse que registrou boletim de ocorrência, mas esse registro só foi feito no domingo. É uma atitude muito estranha”, declarou. Nesta quinta-feira (18), outras duas testemunhas oculares prestarão depoimento na delegacia, para que as declarações sejam confrontadas.
Ainda de acordo com o delegado, caso o policial seja o responsável pela pistola de uso restrito, ele deverá ser indiciado como coautor do crime. “Caso seja ele o dono da arma, ele será indiciado por coautoria, pois a arma é de uso restrito e estava sendo utilizada por outra pessoa, quando houve o disparo”, comentou. Pâmela Beatriz Leão foi encaminhada ao Hospital de Urência de Teresina (HUT), onde permanece internada há 18 dias em coma na Unidade de Terapia Intensiva.
Ver todos os comentários | 0 |